sábado, 23 de fevereiro de 2013

A Viagem.

   Eu não entendo ao certo o que leva uma pessoa que tem "tudo", boas condições de vida, estudo, pessoas com quem contar... o que leva ela a se deprimir. Quem dera se todos tivessem o que podemos chamar de vida digna. Seria um pouco de egoísmo, um pouco de ingratidão? Creio que não. Mas se nem Freud explicou com todos os detalhes, quem sou eu pra fazer isso. 
   A nossa vida não pertence a nós, estamos ligados a outras pessoas e a partir de nossos atos de hoje construiremos o futuro. É mais ou menos isso que o filme " A viagem", protagonizando Tom Hanks, tenta passar para o público. Ele me ajudou (mesmo com meus amigos reclamando da falta de objetividade e muito tempo de duração, loucos para deixar a poltrona do cinema) a refletir um pouquinho mais sobre nosso objetivo aqui na Terra - ou quem sabe além dela.
   Como interpretou minha amiga:  devemos viver não pensando apenas na nossa felicidade, mas em algo maior, uma causa maior. Faz sentido, a vida não é toda alegrias. Então eu prefiro acreditar que realmente o filme tenha tido sucesso em sugerir que a morte seja apenas uma porta e que não podemos simplesmente parecer invisíveis diante das coisas que acontecem. A "verdade verdadeira" deve ser mostrada às pessoas, mesmo que talvez elas não queiram ouvir, mesmo que pareça improvável ou chato, ou mesmo que ela pareça fracassar em revelar sua bondade e importância. 
   "Viagem" demais pra você? Pois eu não quero passar pela vida. Quero vivê-la. E quando falarem que lutamos por nada, que o nosso esforço será fracassado, joguemos as palavras deles no lixo. Se algo é puro e de coração, devemos lutar para que isso persista no mundo, mesmo que além das nossas próprias vidas. É, é esse o nosso dever. Não para que vivamos como se fôssemos morrer amanhã, mas sim como se nunca fôssemos morrer. E eu quero que a minha viagem valha a pena, você também?

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