Lanço o olhar sobre esta coxilha
Confesso as lágrimas ao sol poente
Choro a dor que sofre esta minha gente
Ao sabor do amargo com maçanilha
Só entende quem sabe que a estrada é dura
Talvez cedo ou tarde se revele a cura
Ao queimar do sol ou arrepiar da neve
Pois pra quem escreve o mal não se atreve
Endireito os ombros, sigo com postura
Ora em poesia, ora em prosa pura
E qualquer tristeza a água levará embora
Na chuva que a vida e os campos sempre revigora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário