terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Deixa fluir!

   Confesso que fazia tempo, muito tempo...que eu não dormia com um livro aberto em meu peito. Aquele ler sem compromisso, que te desliga por alguns instantes da vida real, que te faz olhar as coisas de outro ângulo (melhor, diga-se de passagem). "Se é tão bom por que dormiste?"(tu me perguntas). E eu replico, caro leitor: quando te sentes seguro, em aconchego, tu não dormes? Embora em uma outra dimensão- aquela em que o livro me colocara- eu me sentia mais em casa do que nunca.
   "Ser como o rio que flui". Belo título, de Paulo Coelho. Tanta coisa me passara pela mente lendo suas palavras, mas gostaria de ressaltar aqui a história do lápis. Aprendi que há cinco qualidades no lápis que fariam uma pessoa ser em paz com o mundo. Não se deve esquecer que há uma mão que o guia; que o apontador o faz sofrer, mas o torna mais afiado; que uma borracha pode apagar o que está errado; que a forma exterior não importa, mas sim o grafite que está dentro; que ele deixa marcas. Resolvi deixar esta marquinha aqui hoje, como me ajudou pode ajudar outras pessoas também. Foi uma boa história para embalar meu sono. Que consigamos ser, então, como o lápis, cuidando de nossas ações e sendo- por que não?- como um rio que flui.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Pra quem escreve...

Lanço o olhar sobre esta coxilha
Confesso as lágrimas ao sol poente
Choro a dor que sofre esta minha gente
Ao sabor do amargo com maçanilha

Só entende quem sabe que a estrada é dura
Talvez cedo ou tarde se revele a cura
Ao queimar do sol ou arrepiar da neve
Pois pra quem escreve o mal não se atreve

Endireito os ombros, sigo com postura
Ora em poesia, ora em prosa pura
E qualquer tristeza a água levará embora
Na chuva que a vida e os campos sempre revigora.




Ah, terra amada!

E nesta terra de encantos mil
Corre em mim o sangue da esperança
Que o coração bombeia a herança
Do povo e Sul do Brasil

O sonho de criança ainda está de pé
A prenda sustenta a bravura
Dos pais leva a ternura
Eleva em prece toda a sua fé

Por este Rio Grande de minh'alma viajo
Seja fim de tarde, seja madrugada
Pois quem bebe água da fonte na lenda que guardo
Retorna ao som da passarada pro aconchego da terra amada.